Descrição
Todas as pessoas têm direito à educação básica e de qualidade, à saúde, a uma alimentação segura e nutritiva, ao trabalho que é notável no progresso do cidadão e permite uma plena socialização, à moradia que é um mecanismo de amparo físico e moral e à segurança, como garante a Constituição Federal de 1988. Atualmente muitas pessoas no mundo sofrem com a privação das necessidades básicas de sobrevivência. A privação do desenvolvimento das capacidades individuais dos seres humanos, conforme Sen (2000), pode estar fortemente relacionada à falta na qualidade de vida e acesso a renda, trabalho e educação que lhe proporcione liberdade de se expressar e de se desenvolver como cidadão. A partir destes pressupostos, este trabalho dialoga sobre crime e punição, procurando demonstrar a racionalidade de uma pessoa ao cometer um crime, principalmente o crime lucrativo. A punição poderia vir conjuntamente com uma reeducação e uma ressocialização adequada. Isto é, ajudar o indivíduo a focalizar suas habilidades e desenvolver seus talentos para o bem da sociedade em geral e dele próprio. Parte-se do princípio de que todo ser humano é um ser capaz, que tem habilidades a serem desenvolvidas e que são proveitosas para a comunidade. Por meio da metodologia bibliográfica, descritiva, explicativa e explanatória, realizou-se uma análise do perfil socioeconômico das pessoas privadas de liberdade no Brasil. Como resultado, esse estudo sugeriu, baseado em experiências positivas desenvolvidas pelas unidades penitenciarias de vários estados brasileiros, os tipos de atividades profissionais que os detentos poderiam desenvolver por meio do trabalho e/ou estudo, a fim de colaborar com a sociedade e adquirir uma profissão que possa trazer alguma renda para ele e sua família, e ainda trazer o desenvolvimento pessoal para o mesmo.
Estudo defendido como dissertação no Mestrado em Agroenergia da Universidade Federal do Tocantins em 2014. Os autores fizeram pequenas modificações ao transformar em livro