Descrição
UMA REFLEXÃO HISTÓRICO FILOSÓFICA SOBRE O CONTROLE E DA VEROSSIMILHANÇA DO CONHECIMENTO
Quais são as relações entre conhecimento e poder? Se conhecimento é poder, seria poder, também, conhecimento? Isto é, quem está no poder teria controle sobre o conhecimento considerado verdadeiro ou falso? Durante a Idade Média, a Igreja detinha o poder sobre quais crenças eram corretas e, por suposto, sobre o modo de vida das pessoas. Com a Idade Moderna, esse poder passa para as mãos da Ciência. Esta passagem de poder traz apenas benefícios? Qual o lugar da divergência dentro da Ciência? A divergência tem lugar dentro da Ciência? Em diversos momentos históricos, foi a divergência que possibilitou o avanço do conhecimento científico. Então, por que a divergência é desestimulada em sala de aula? Em sala de aula, nas aulas de Ciência e de Matemática, o conhecimento é passado aos alunos como algo pronto e definitivo, apesar de já ter sofrido diversas mudanças em períodos anteriores e de que há a possibilidade de que ainda passe por mais. Não é papel do ensino de matemática e ciências o incentivo do questionamento, por parte dos alunos, de conhecimentos que eles não compreendem o motivo de serem tidos como corretos? Seria a educação escolar uma forma de religiosidade, onde ensinam-se dogmas inquestionáveis e cabe aos alunos assimilá-los e aceita-los? Não estaríamos nós, os professores, empurrando nossos alunos para atrativas teorias conspiratórias acerca do formato do planeta? Na época das fake news, um ensino dogmático, que não explica o porquê de determinados conhecimentos serem considerados corretos em detrimento de outros, não estaria formando, então, uma população acrítica e vulnerável? Estas são algumas das indagações e reflexões que o livro busca instigar.
